O efeito cumulativo da radiação, ao longo dos anos, gera lesões que podem evoluir para câncer. Qualquer ferida ou sinal que não cicatrizam, apresentam sangramento espontâneo ou “pinta” que se altera em cor ou formato, devem ser examinados por um dermatologista. O câncer de pele é uma mutação e/ou aumento desordenado de células cutâneas, que podem gerar esses aspectos mencionados. Existem alguns tipos da enfermidade, sendo os carcinomas os mais comuns, que se diferenciam em duas variedades:
Tipos de Câncer de Pele
– o carcinoma basocelular é o mais recorrente de todos, afetando as células que se encontram na camada mais profunda da epiderme (a parte da pele mais próxima à superfície), têm baixa letalidade e pode ser curado quando detectado precocemente.
– o carcinoma espinocelular é o segundo mais prevalente, dentre todos os tipos, se manifestando nas células que constituem a maior parte das camadas superiores da pele, podendo afetar todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol e que sofreram dano solar, como enrugamento e alterações na pigmentação e elasticidade da pele.
Existem também os melanomas, menos frequentes, porém mais graves porque se espalham rapidamente. Ocorrem tanto em áreas expostas ao sol, quanto em regiões cobertas pela roupa, sendo a exposição às radiações um fator desencadeador.
Causas
A maioria dos cânceres de pele ocorre por causa da exposição excessiva aos raios ultravioleta do sol. Assim, a proteção é a principal ferramenta de prevenção contra a doença. A sigla FPS (significa “fator de proteção solar”) indica, nas embalagens dos protetores solares, o nível de proteção ao que se refere à raios UVB. Mais um indicativo, muito importante, que deve ser analisado é o índice PPD (algo como “escurecimento permanente da pigmentação”), indica o grau de proteção contra os raios UVA, esses que não causam queimaduras e nem vermelhidão, mas danos graves em longo prazo, como manchas, envelhecimento e até o câncer de pele. Use sempre filtro solar com FPS igual ou superior a 30, PPD igual ou superior a 10, proteja também os lábios e as orelhas. Além disso, consulte periodicamente o dermatologista. Diagnósticos precoces são fundamentais para apresentar bons índices de cura.
O câncer de pele pode surgir em qualquer pessoa. No entanto, as mais suscetíveis são as que têm o mal no histórico familiar, possuem pele e olhos claros, cabelos loiros ou ruivos, são albinas, têm muitas pintas e, é claro, que se expõem ao sol sem a proteção adequada.
Tratamento
Cada tipo de câncer de pele exige um tratamento específico. Primeiro é feito o diagnóstico, que analisa o aspecto clínico da lesão, sua cor, forma e o resultado da biópsia. De posse de todas as informações, em geral inicia-se o tratamento removendo o tecido local, por meio de cirurgia. Em algumas situações, pode ser necessário o uso de medicamentos. Nos casos mais graves são recomendadas sessões de quimioterapia ou radioterapia.